Defendi minha tese de doutorado na Unicamp em 2018 (para baixar clique aqui). A tese foi escrita em inglês (por diversos motivos) e desde a defesa busco maneiras de financiar sua tradução (por pura falta de tempo meu para isso), tanto para publicar artigos de acesso aberto, em português, baseados nela; quanto para transformá-la em um livro sobre as tensões entre grupos feministas no momento da recepção do conceito de gênero no Brasil. Como finalmente estou conseguindo mobilizar alguns recursos para que isso aconteça, preciso começar a selecionar uma pessoa (ou um pequeno grupo) para fazer a tradução da tese,
é duro mas também é belo. voluntariamente me jogar de um zepelim prateado sobre a lua. o frio na barriga sendo muito, abrir um guarda-chuva e atenuar a queda. encontrar meus demônios – uma longa batalha em que ora estou em vantagem, ora estou imóvel. enfim conseguir deixá-los para trás. em vez de tentar subir, descer. descer até o fundo mais fundo que se possa. o fundo que parece assustador mas é – enfim – belo. voltar um tantinho mais pra cima. jamais para terra firme. jamais estática. flutuo em um navio até, quem sabe, o próximo salto. Time is
hoje eu subi numa bicicleta. uma bike, magrela, bici. era meio verde, pneus mais grossinhos, mas não era BMX. só sei porque a placa dizia lá: “não temos bicicletas BMX, não usem a pista de bicicross”. senão não ia reparar. ela tinha câmbio, um escritozinho “shimano” embaixo do botão de mudar a marcha. já ouvi essa palavra antes, “shimano”. eu que era a outsider por não andar de bike. quer dizer. saber até sabia, “mas faz vinte anos que não subo numa”, explicava eu. eu sei que não se esquece; não era esse meu medo. tampouco era medo de cair
A todas as meninas, meninos e menines que tive a honra de conhecer quando adolescentes, fosse como professora de inglês ou de sociologia. A quem não conheço mas passa pelas dores e delícias de ser adolescente hoje. Bonitas, bonitos e bonites; uma vez vocês me perguntaram por que eu gostava tanto de vocês. Devo ter respondido o mesmo que digo agora: fui uma adolescente feliz. É claro que a vida não dá trégua e nem tudo foi lindo. Quando adolescente vivi a morte do meu melhor amigo. Vivi medo de ficar grávida apesar de todos os métodos contraceptivos. Vivi o